O principal objetivo da Linguagem Simples é que as pessoas consigam ler um texto uma vez e entender o que ele quer dizer. Ou seja, trata-se de uma comunicação usada para transmitir informações de maneira simples, objetiva e inclusiva.

A jornalista Heloisa Fischer, que também é especialista em Linguagem Simples no Brasil, diz que essa maneira de comunicar “considera o público a quem a comunicação se destina para organizar as ideias, escolher as palavras mais familiares, estruturar as frases e determinar o design”.

O conceito surgiu inicialmente em países do hemisfério Norte, como Estados Unidos e Reino Unido, em meados do século XX. Em inglês, o termo é conhecido como “plain language”, em que “plain” quer dizer: simples, direto, objetivo, claro, sem rodeios.

De acordo com Heloisa Fischer, o termo compreende dois pontos principais: uma técnica de comunicação e uma causa social. Em relação à técnica de comunicação, a Linguagem Simples envolve um conjunto de práticas que visam transformar textos robustos em leituras mais fáceis de entender. Isso envolve, por exemplo, escolha das palavras, das frases e estruturação de parágrafos.

Como causa social, a Linguagem Simples defende a ideia de todos nós temos o direito de entender as informações que são essenciais para o nosso dia a dia. Quando falamos do setor público, isso é ainda mais importante, pois é através dele que milhares de pessoas têm acesso a direitos fundamentais, como saúde e educação.