O emprego de Tecnologias da Informação na gestão pública não é uma novidade. Remonta à década de 1960 a utilização de ferramentas de informática para o armazenamento de dados, a automação de processos, a estruturação de sistemas de pagamentos e de gestão de recursos humanos, entre outros. Grande salto teve lugar, contudo, com o desenvolvimento de redes computacionais, principalmente, da Internet.
Onde antes imperava a utilização local de tecnologias isoladas para a automação de processos existentes e o atendimento das demandas internas de cada órgão (de maneira fragmentada e muitas vezes redundante), passou-se a adotar o redesenho e a racionalização de processos, o compartilhamento de recursos (tecnologias e informações) e o atendimento focado às necessidades do cidadão.
Essa mudança de perspectiva quanto à utilização de Tecnologias da Informação e Comunicação acompanha as reivindicações por mudanças na gestão pública, as quais tiveram lugar especialmente nas últimas três décadas. De maneira geral, as TIC têm sido empregadas para responder a demandas por serviços públicos mais eficientes e eficazes, por transparência e prestação de contas à sociedade, bem como por novos espaços de participação no fazer público.